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O sucesso musical mascarado por informações falsas

  • gustavobegueferrei
  • 27 de set. de 2021
  • 2 min de leitura

É inegável que a transformação tecnológica transformou o mundo em diversos aspectos, inclusive na área musical. As plataformas de streaming, como o Spotify e a Apple Music, revolucionaram o mercado, criando novas oportunidades para os artistas. Antes, via de regra, os artistas que ainda procuravam o seu lugar ao sol tinham mais dificuldade em aparecer para o público.


Contudo, com a democratização proporcionada pelos aplicativos, o mercado alimentou a concorrência e abriu brechas para a desonestidade – que, obviamente, não é exclusividade de pessoas da indústria musical. As plataformas realizam o pagamento para os artistas baseado na quantidade de ‘’plays’’ que a música possui, que é baseado em um contrato de direitos autorais sobre a obra. Um valor fixo, definido pelas empresas, é multiplicado por quantos streamings o conteúdo possui e, assim, gera-se a renda mensal.


Indivíduos mal-intencionados enxergaram uma oportunidade de lucrar nesse mercado e criaram sites que oferecem assinaturas pagas, para que artistas paguem e recebam milhares de visualizações em suas músicas, assim, gerando um rendimento maior no final do mês. Por meio robôs - computadores inteligentes que acessam a obra automaticamente -, os criminosos agilizam o processo e conseguem faturar um bom dinheiro de forma fácil.


Por um lado, esse método, por mais que ilegal, é uma forma de ajudar os pequenos artistas serem notados pelos algoritmos e, consequentemente, dependendo da aprovação do público, ganhar notoriedade no cenário. Em contrapartida, isso enfraquece outras pessoas que também estão na luta por espaço. Esse meio não é justo, muito pelo contrário, é errado no âmbito moral e ético. É como se você estivesse trapaceando, burlando as regras.


É compreensível aqueles que argumentam ser difícil viver de arte, com os poucos centavos que pagam por cada ‘’play’’, e que, por muitas vezes, não há valorização do que é produzido, mas é inaceitável compactuar com atitudes como essa. Não se pode crescer na indústria enquanto se prejudica tantos outros. As dificuldades existem em qualquer lugar, queira ou não.


O próprio artista que recorre a esses métodos pode sair prejudicado. A música realmente é boa? As pessoas gostaram do que ouviram? Como contratar um profissional que forja as próprias visualizações? Realmente a música explodiu ou ele, mais uma vez, utilizou robôs? A verdade é que os números são apenas uma ilusão.

 
 
 

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